sábado, 16 de julho de 2016

Resenha: Remédio Amargo (Arthur Hailey)

Comprei este livro em uma feirinha que havia aqui perto de casa, não dei muita bola e fui ler apenas algum tempo depois. No entanto, me surpreendi pela excelente qualidade do texto, da história e dos personagens da obra que, apesar de ser bem extensa (484 páginas de letras apertadinhas), vale cada palavra.

Célia é um mulher que luta com unhas e dentes para subir na vida, ser uma boa profissional e não precisar de favores de ninguém. Com coragem e força de vontade, chega ao degrau mais alto que poderia encontrar em uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo. E é aí que começa o problema: a Felding-Roth está com problemas financeiros, mas uma nova droga contra os enjoos matinais das grávidas poderá ser o grande levante, que salvará a empresa, arrecadará milhões de dólares etc. Porém, descobre-se que esta droga pode causar má formação dos fetos. 

Célia então fica perplexa diante do grande dilema que tem pela frente e passa a tentar achar uma saída boa para todos. Porém, várias pessoas na empresa a veem com desconfiança por ser mulher e, além de todos os problemas, ainda tem que enfrentar os homens chauvinistas que tomam conta deste tipo de indústria.

Enfim, um livro envolvente e meticulosamente bem escrito, que vale a pena ser lido e degustado. A obra mostra claramente o quão suja é a indústria farmacêutica, o quanto podem ser unidos (ao mesmo tempo em que são desunidos), o quanto as mulheres ainda têm que percorrer no mercado de trabalho, dentre outros assuntos delicados. Super recomendado.

Ficha técnica:

Livro: Remédio Amargo
Autor: Arthur Hailey
Editora: Record
Ano: 1984
Páginas: 484
Nota/ Cotação: 4 de 5


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