quarta-feira, 27 de julho de 2016

Resenha: O amor nos tempos de cólera (Gabriel García Márquez)

Florentino Ariza. Este é o homem. O homem que soube esperar. O homem que soube ir atrás. O homem que abriu mão. O homem que não se deixou levar. O homem que verdadeiramente amou. O homem inigualável.

Gabriel García Márquez com sua leveza de chumbo mostra nesse romance que o amor não tem idade ou classe social; além disso, muitas coisas podem acontecer na vida de uma pessoa, outros tantos podem ir e vir, mas, o amor quando é verdadeiro nunca some, não ata, nem desata, fica ali, aguardando a chance de vir à tona.

Com um diálogo próprio e uma maneira singular de expressar as sensações desse
personagem único, Gabo se supera e assina mais uma vez o livro da genialidade ao contar a história que começa com o encanto da paixão pelas tranças da pequenina Fermina Daza, passa a ser uma troca de cartas enamoradas... mas ao conhecer o pretendente, ela o rejeita e casa-se com outro. Porém, o amor de Ariza tudo vence e permanece norteando toda a sua vida. Até que chega o grande dia de vê-lo ser retribuído por sua amada, por sua menina de tranças que já há muito é uma mulher feita e com o viço da juventude ao longe, mas que mantém no olhar o brilho pelo qual ele se apaixonou há tantos e tanto anos.

É um livro de amor, prudência, sabedoria, raiva e dor. Há momentos em qua nos apaixonamos e odiamos com a mesma intensidade. Há momentos em que não conseguimos diferenciar realidade de ficção. Há momentos em que é impossível não se encantar com o realismo fantástico do mestre Gabo!

Neste livro, Ariza me tomou a Alma, como Gabo sempre me toma a mente em todas as suas obras! Super recomendado!

PS.1: Para completar o chavão, poderia dizer que Javier Barden (ó deus todo poderoso da beleza e da interpretação) me tomou o corpo na adaptação para o cinema do livro!

PS.2: Fernanda Montenegro está simplesmente maravilhosa e espetacular nesse filme! Palmas!!!!



Ficha técnica:

Livro: O amor nos tempos de cólera
Autor: Gabriel Garcia Márquez
Editora: Dom Quixote
Ano: 2002
Páginas: 422
Cotação/Nota: 5 de 5

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